Recapitulando sobre o Bahri, portos e guerra …
Os navios da empresa Bahri transportam armas e veículos militares dos Estados Unidos, Canadá e Europa para o Médio Oriente, principalmente para os exércitos da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos. É atualmente um assunto de conhecimento publico e também falado em jornais e televisões. Entre maio e junho, os navios da Bahri foram boicotados e bloqueados, e tambem o armamento e as mercadoria que precisavam ser carregados foram boicotados, em Le Havre, em Génova, em Marselha. Desde então, até onde sabemos, esses navios não atracaram mais nos portos do norte da Europa, mantendo apenas Gênova, onde, no entanto, não puderam embarcar nenhuma mercadoria militar. Estes são os factos, conquistados graças à luta dos trabalhadores portuários e de todos os que estavam ao seu lado, na França e en Itália. Já no ano anterior, uma mobilização semelhante em Bilbao forçou a Bahri a desistir desse porto. No entanto, esses navios continuam cheios de armas, explosivos e veículos militares, especialmente destinados ao massacre no Iemén, mesmo que não embarquem nestes portos.
Recentemente, Bahri Abha regressou a Espanha e carregou 8 contentores de explosivos no porto de Sagunto para os Emirados, que também estavam envolvidos na guerra no Iemén. Alguns protestos tentaram impedir o embarque, mas foram neutralizados pela Policia Nacional e pela Guardia Civil.
O cargueiro Abha chegou hoje (……..data) a Génova com a presença de Celere (nota?) e Carabinieri no portão e Digos dentro do Terminal para garantir as operações. A bordo foram vistos veículos blindados de quatro rodas com torre e canhão – provavelmente os veículos blindados leves (LAV) que vêm do Canadá e produzidos pela General Dynamics.
Entre os trabalhadores, há quem não queira expor-se a essa situação, por questões de segurança e, sobretudo, por não quererem ser parte da engrenagem de guerra.
É por isso que hoje alguns estivadores se apresentaram numa reunião entre chefes e instituições (do porto) para dizer categoricamente que estes embarques devem terminar. Ou a guerra sai do nosso porto ou as consequências – sobretudo económicas – serão para todos. Não estamos dispostos a tolerar que um fornecimento contínuo e essencial de guerra, portanto de morte e miséria para milhões de pessoas, tenha uma paragem em Génova.
Se não se quer perder o emprego e os dias de trabalho? Eles que nos mostrem os planos de carregamento (há meses que pedimos para serem publicados), e nos mostrem que estamos errados, que os trabalhadores de Sagunto estão errados, etc. Eles levarão os navios para outro lugar? Caberá a outros companheiros e outros trabalhadores continuar a luta, que cada faça a sua parte. Vamos fechar os portos para a guerra.